sexta-feira, 30 de maio de 2008

Freedom \o/


Satisfazer simplesmente as necessidades não é a finalidade de um ser livre das determinações da natureza. A simples satisfação de um impulso pode ser agradável ao corpo e desagradável ao espírito, daí o ser humano estar sempre envolvido com escolhas, com opções, com decisões que o comprometem a cada momento, algumas para sempre. O ser humano escolhe. O ser humano ordena a sua vida na direção escolhida por sua liberdade e o não escolhido, as alternativas para sua opção fundamental, é vivido como renúncia, o que aumenta as aquisições do espírito.

E isso se chama liberdade!

Enquanto seres livres é necessário que esteja bem claro dentro de nós a diferença entre usufruir a liberdade e se tornar escravo dela. Às vezes, enquanto súdito desse poder-fazer, o homem se sente coagido a tomar determinadas atitudes que nem quer tanto assim!! Engraçado isso, não é? "Ah, mas se eu posso, por que não?". Pensamento medíocre. Mas quem de nós nunca se viu em situação parecida?

Então.. Quem é livre afinal? Livres são os que perdem o medo de ser o que são. Havendo Cristo nos dado a máxima liberdade que fosse possível dar a alguém que estivesse cativo, o quão livres de fato somos? Nossa liberdade é proporcional à compreensão que temos dela.
\o/
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou!!
(Gálatas 5:1 )

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Entendia o valor que as palavras possuem e sabia empregá-las. Não tinha medo de usá-las, nem de decifrá-las. Não tinha medo das palavras nem mesmo enquanto essas ainda estavam em sua mente. Sem forma, mas não vazias. Repletas de sentido. Subordinadas, imperativas.

domingo, 25 de maio de 2008

Quem for mineiro leia, quem não for tente.



"Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomano uma pimcumel e cuzinhano um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com galinhassada. Quascai de susto quando ouvi um barui vino de dendo forno pareceno um tidi guerra. A receita mando pô midipipoca denda galinha prássa. O forno isquentô, i a galinha isprudiu! Nossinhora! fiquei branqui, nem um li di leiti. Foi um trem doidi mais. Quascai dendapia! Fiquei sensabê doncovim, oncotô, poncovô. Grazadeus ninguém maxucô."


Ser Mineiro é não dizer o que faz, nem o que vai fazer, é fingir que não sabe aquilo que sabe, é falar pouco e escutar muito, é passar por bobo e ser inteligente, é vender queijos e possuir bancos. Um bom Mineiro não laça boi com imbira, não dá rasteira no vento, não pisa no escuro, não anda no molhado, não estica conversa com estranhos, só acredita na fumaça quando vê fogo, só arrisca quando tem certeza, não troca um pássaro na mão por dois voando. Ser Mineiro é dizer "uai", é ser diferente, é ter marca registada, é ter história. Ser Mineiro é ter simplicidade e pureza, humildade e modéstia, coragem e bravura, fidalguia e elegância. Ser Mineiro é ver o nascer do sol e o brilhar da lua, é ouvir o cantar dos pássaros e o mugir do gado, é sentir o despertar do tempo e o amanhecer da vida. Ser Mineiro é ser religioso e conservador, é cultivar as letras e as artes, é ser poeta e literato, é gostar de política, é amar a liberdade, é viver nas montanhas, é ter a vida interior, é ser gente.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Pensar a vida, saltar o abismo.


Olá, amigos! Esse texto que publicarei abaixo não é meu (infelizmente). É de Dulce Critelli, vale MUITO a pena ler.


Texto publicado na coluna “Outras Idéias” , Folha Equilíbrio, “Folha de São Paulo”, de 10 de outubro de 2002.


Há poucos dias, ao final de uma palestra um rapaz me procurou dizendo que tinha sido sua dor que o levara até lá. Sentia-se confuso e perdido na própria vida. Buscava uma palavra que lançasse luz sobre sua existência, lhe indicasse uma saída, insinuasse como sua vida poderia ganhar sentido. O que lhe doía, simplesmente, era ser.
Quantas pessoas já não me disseram o mesmo! Assistem a conferências e aulas de filosofia para pensar a vida. É uma atitude interessante, justamente porque a filosofia tem a fama de só tratar de questões abstratas e, por isso mesmo, ser inútil. Também Heidegger, esse grande pensador contemporâneo, concorda que com a filosofia não podemos fazer nada, como construir uma ponte ou uma estrada. E no entanto, considera, é a filosofia que faz alguma coisa conosco.
Acho que é isso o que as pessoas esperam, que as ajudando a compreender melhor a existência, a filosofia mexa com elas e, então, possam vencer essa dor de ser. Elas não querem tratar das dificuldades e problemas imediatos, mas do sentido da vida.
Todos nós já sentimos essa dor de ser e, vez ou outra, com uma intensidade quase insuportável. Sentimo-nos estrangeiros em nossa própria vida. Sentimo-nos em dívida com nós mesmos. Um vazio nos invade. Nossa existência perdeu o significado. Não sabemos mais quem somos nem quem podemos ser. Queremos que alguém nos explique o viver! Que alguém nos explique quem somos e a que viemos!...
A dor de ser faz parte da nossa natureza. Não agüentarmos apenas ser, temos que ser nós mesmos. Não queremos repetir ninguém nem que ninguém nos copie. Também não nos basta que os outros aprovem nossa vida. É preciso que ela faça sentido para nós mesmos.
Essa dor sentida é, no entanto, apenas uma face da moeda, a outra, que mal reparamos, é a de uma bem-aventurança. Se podemos sentir a dor de nos ter perdido de nós mesmos, é porque temos o poder de nos encontrar novamente.
O que nos angustia e deixa aturdidos nessa história, é que para esse indivíduo exclusivo que somos e para o sentido pessoal de nossas vidas, não há nenhuma referência possível.. Os modelos culturais e os outros com quem convivemos podem nos inspirar, mas apenas isto. O resto é conosco. Temos que ser ao mesmo tempo os autores, os atores e os juizes de nosso próprio existir.
A certeza de que morreremos, mas sem saber quando, é o que muitas vezes nos empurra para essa tarefa sem referências de tomarmos nas mãos o nosso destino, a nossa história exclusiva e de emprestarmos para a vida a nossa própria cara. Temos pouco tempo.
E tudo é risco, é aposta. É passo sobre o abismo. Que exige coragem. E preparação.
Esta preparação é tarefa do pensar, da reflexão. O que a filosofia pode fazer conosco é isto: ensinar-nos a pensar. E conhecer esse “segredo” já é meio caminho andado.
Pensar, ou refletir, não é perder-se em elucubrações, análises, cálculos, infindáveis relações. Ao contrário, é estancar esse tráfego incessante de palavras e idéias em que nos atolamos e penetrar naquilo que ainda é invisível e desconhecido para nós, trazendo-o para a luz. Pensar começa por parar (o tráfego de idéias) para pensar.
Quando paramos para pensar, podemos nos observar e flagrar quais medos, fantasias, crenças, preconceitos nos têm influenciado. Flagrando-os, nós interrompemos o seu fluxo e o domínio que vinham tendo sobre nós. Eles emudecem. Silenciam. E nós mesmos entramos em silêncio.
E é só quando ficamos silenciosos que começamos a nos ouvir. A ouvir a voz que vem lá das nossas profundezas, sábia, revelando o sentido de nossa vida, o caminho, o gesto necessário. Enchendo-nos de coragem para o passo sobre o abismo. Transformando a dor em bem-aventurança, em vontade, em decisão. Descobrindo nosso próprio poder. Preparando-nos para ir ao encalço de ser quem só nós mesmos podemos ser e de viver como só nós mesmos podemos viver.

terça-feira, 20 de maio de 2008

O Caso da Ponte ...


JOÃO era casado com MARIA e se amavam.
Depois de um certo tempo, João começou a chegar cada vez mais tarde em casa.
Maria se sentiu abandonada e procurou PAULO, que morava do outro lado da ponte. Acabaram amantes e Maria voltava para casa sempre antes do marido chegar.
Um dia, quando voltava, encontrou um BANDIDO atacando as pessoas que passavam na ponte. Ela correu de volta para a casa de Paulo e pediu proteção. Ele respondeu que não tinha nada a ver com isso e que o problema era dela. Ela, então, procurou um AMIGO. Este foi com ela até a ponte, mas se acovardou diante do bandido e não teve coragem de enfrentá-lo.
Resolveu procurar um BARQUEIRO, mais para baixo do rio. Este aceitou levá-la por R$ 115,00, mas nenhum dos dois tinha dinheiro. Insistiram e imploraram, mas o barqueiro foi irredutível. Aí voltaram para a ponte e o bandido matou Maria.


Quem é o mais culpado nessa estória? E o menos culpado?


Em todos os momentos da nossa vida acontece algo semelhante. Não temos informações suficientes para julgar adequadamente, mas julgamos. Em vez de buscarmos mais informações, vamos preenchendo os espaços vazios com suposições e fantasias que são sempre baseadas em nossas crenças, valores e sentimentos. E, certamente cometemos injustiças... na maioria das vezes com aqueles a quem mais amamos. Tenho minha própria opinião acerca do caso. No entanto, hoje vou deixar a cargo de vocês essa questão. A classificação depende do que carregamos dentro de nós.


quinta-feira, 15 de maio de 2008

"Eu? Nunca!"


Ó! Também não agüento mais ouvir falar desse caso Isabella. Ninguém agüenta, aliás. Mas desta vez, quero fazer uma abordagem diferente... E coerente.

Há alguns dias, na faculdade, um psicólogo clínico foi à nossa sala explicar um pouco sobre seu trabalho, para que tivéssemos uma noção desse campo de atuação. Em dado momento, ele salientou o quanto o ser humano é "hipócrita" em suas relações, colocando em questão tanto os Nardoni quanto o Ronaldo ("fenômeno"?). Tudo fez muito sentido para mim.

Os Nardoni somos nós! Ronaldo somos nós! Que erramos, falhamos, pecamos em um grau menos ou mais elevado. Somos nós os pais do assassino que, apesar de saber a verdade, se cala. Nós, que matamos a menina e simplesmente dizemos: "Eu? Nunca!". Que nos rendemos às mais ridículas situações e deixamos à vista somente o que interessa, o que nos eleva. É assim mesmo, desde o princípio. Só falamos sobre nós o que as pessoas gostariam de ouvir. Só agimos conforme manda o figurino, quando não, pelo menos como agem os outros macacos. Envolvido em suas próprias mentiras, em sua teia de hipocrisia, o homem quer sempre ser reconhecido, aplaudido, admirado.

Pobres narcisos atraiçoados. Passarão a vida entorpecidos por seus próprios enganos? Até quando? Quem consegue manter essa postura? Quem vai assumir o crime? O opróbrio... Quem é que vai dar a cara pra bater? Se revelar. Onde está sua menina estrangulada? Onde estão os travestis vigaristas? Onde você está na verdade? Eu quero pagar o preço por ser o que realmente sou.


terça-feira, 13 de maio de 2008

Seria o homem uma mera construção do acaso? Seria ele uma versão mais elaborada dos primatas?


Há algum tempo, ao terminar de almoçar, uma amiga e eu vimos que a sobremesa era mingau de milho. Ela vibrou! Ao contrário de mim, que manifestei na mesma hora minha repugnância pelo mesmo. Em um outro dia, ao perceber que a sobremesa era goiabada com queijo, quem ficou feliz fui eu. E minha amiga fez cara de "argh" enquanto eu comia.

Esse fato tão corriqueiro e banal me fez pensar em Deus. Fiquei olhando aquele doce e pensando: "Como podem dizer que não existe Deus? Como podem supor que o homem surgiu simplesmente? Como podem conceber a idéia de que um ser evoluiu até chegar ao que somos hoje?" A verdade é que criaturas tão minuciosas, peculiares, tão cheias de vontades só podem ter sido criadas por um arquiteto detalhista.

Deus criou o homem. Depois de criar o mundo em toda a sua magnitude, Ele partiu para aquela que seria sua obra prima. Cada órgão e suas funções, cada artéria, célula, nervo, músculo, cada particularidade que, se não é bem desempenhada, compromete todo o corpo.

É interessante pensar que quando criou a luz, Deus disse: "Haja luz!". E houve. Ao criar o céu, disse: "Haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas." Assim foi. A criação da luz, do céu, da terra, dos mares e de tudo quanto neles há, se deu por sua palavra. Pelo simples pronunciar de: "Haja!". Mas a Bíblia diz que ao criar o homem, "Deus o formou do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente." (Gênesis 2:7). Em tudo quanto fizera até então, Deus simplesmente disse. Mas ao homem Ele criou, formou, pensou, arquitetou. Mais que isso, Ele o fez conforme sua imagem. Não simplesmente como um animal inerte, mas um ser com vontades, repleto de qualidades, sentimentos, preferências e, principalmente, diferenças.

Alguns gostam de mingau de milho, outros não suportam. Uns adoram goiabada, outros têm verdadeira aversão. Existem os republicanos e os democratas, gregos e troianos, judeus e muçulmanos. Ciumentos, altruístas, pessimistas, vingativos, humanitários, solidários, mentirosos, corajosos, piedosos, desumanos. Stalin, Nietzsche, Einstein, Freud, Platão, Hitler, Aristóteles, Ghandi, Martin Luther King. Alguns refletem o próprio Deus, outros são tão alheios a Ele. O fato é todos são feitura Sua, por mais improvável que isso pareça. E no interior de cada qual, depositou uma essência única. Acredito que a beleza do homem se baseia nisso: Diferença! Diferença esta que não surgiria nem se daria por evolução. Somente alguém tão criativo seria capaz de formar seres tão parecidos e, ao mesmo tempo, tão opostos! Deus existe e é inimaginável o contrário. A maior prova disso? O homem e toda a sua complexidade.

Se não tiver amor..

Então, gente. Na verdade, sempre tenho coisas a dizer e falta o espaço para tal. Então tô fazendo isso agora.

Hoje, no Rhema, o pastor Paulo Sérgio disse algumas coisas que tenho que compartilhar com vocês! Ele nos dá aula de "Fruto do Espírito". Além de ser MUITO engraçado, também é muito sábio e comentou um fato que eu desconhecia.

A maldade de Nínive sobe até a presença de Deus. Ele ordena a Jonas que vá até lá e profetize ao povo dizendo que por causa disso a cidade seria destruída. Jonas, após relutar, o faz. Profetiza ao povo, dizendo: "Daqui a quarenta dias Nínive será destruída! (Jn 3:4)" Os ninivitas então creram em Deus, se arrependeram, clamaram e abandonaram seus maus caminhos e a violência. E é nesse ponto que eu queria chegar! Sabe qual foi a reação de Jonas? "Jonas, porém, ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se. Ele orou ao SENHOR: 'SENHOR, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar mas, depois te arrependes. Agora, SENHOR, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver.' (Jn 4:1-3)"

Inacreditável, não é mesmo? Ao invés de se alegrar porque, afinal de contas, Deus não destruiria a cidade e o povo não morreria, Jonas se enfurece porque sua profecia não se cumpriu! Não cabe a mim analisar a fundo as características desse episódio, mas o que quero chamar à atenção é a atitude desse homem.

Quantos Jonas não existem nas igrejas? Quantas pessoas, em nome de um ministério, uma causa, um nome, uma posição ou simplesmente uma ideologia, se esquecem dos FRUTOS?! Nesse caso específico, do "fruto maior", que é o amor. "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine." Falando em português claro, todos os dons desprovidos do FRUTO DO ESPÍRITO, são só barulho. Os dons sem os frutos trazem prejuízos à nossa vida.

Todavia, existe um caminho melhor! Este é o AMOR. Não se esqueçam.