segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Negação

Uma mulher foi levada à Corte a pedido de seu vizinho. Esse vizinho acusava a mulher de ter pego e danificado um vaso valioso. Quando chegou a hora da mulher se defender, sua defesa foi tripla: "Em primeiro lugar, nunca tomei o vaso emprestado. Em segundo lugar, estava lascado quando eu o peguei. Finalmente, Sua Excelência, eu o devolvi em perfeito estado".
...
Achou um absurdo? Loucura? Pois não se engane, esse tipo de coisa não é privilégio dos loucos. Falaremos BEM MAIS sobre isso. Só que mais tarde.

domingo, 28 de setembro de 2008

Ensaio sobre a verdade.


Estava assistindo ao episódio de Smallville em que Chloe, depois de exposta à ação da kriptonita, passa a 'arrancar' a verdade das pessoas, se tornando uma espécie de detector de mentiras. Quando ela faz perguntas, as pessoas simplesmente sentem o impulso de dizer e dizem! Isso me fez pensar em algumas coisas..

Parece formidável, em um primeiro momento, saber a verdade acerca de tudo e todos. Imaginem: Ter respostas para todas as perguntas e saber que não se tratam de mentiras. Mas os resultados dessa habilidade são arrasadores para a Chloe e, imagino, para qualquer um que estivesse em seu lugar.

Primeiro, pensei em como seria se EU tivesse esse poder. Que coisas gostaria de ouvir? Que pessoas gostaria de questionar? Que segredos desvendar? Que mistérios revelar?

Depois, pensei na outra face da moeda: E se alguém, munido dessa capacidade, me questionasse? O que eu revelaria? O que me causaria pânico dizer? O que essa pessoa ouviria? O que ela gostaria de saber? O que pensaria de mim depois de revelado o conteúdo de meus mais profundos esconderijos? E como eu me comportaria diante disso?

A verdade pode ser uma coisa perigosa e sofrida. Como quando Chloe descobre que a vida da melhor professora do colégio era uma farsa, e esta era, na verdade, procurada por homicídio. Chloe arrasa a vida da professora e do filho quando revela este fato. E o fardo de carregar um segredo pode ser muito pesado. Como Pete, que precisa se policiar o tempo inteiro para não revelar o mistério de meneia a vida do amigo, Clark Kent.

Concluí que seria muito divertido e agradável ser capaz de saber o que se passa, realmente, na cabeça das pessoas. Mas pensei também que isso pode ser insuportável. É bom saber que as minhas verdades pertencem só a mim, e só revelo a quem, e quando, eu quiser. Os meus pensamentos são o meu lugar, o meu território inviolável, a menos que eu permita. As pessoas só saberão o que me convier que saibam. A recíproca também prevalece, não gostaria de arrombar o âmago das pessoas como porões lacrados. Que a verdade seja liberta apenas quando for cabível, e no mais, é cada um no seu quadrado mesmo.

Drummond, porta voz da minha alma.


As impurezas do branco

O homem: as viagens
O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte - ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro - diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto - é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Pôe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem (estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de com-viver.

(ANDRADE, Carlos Drummond de.
As impurezas do branco, 4a. ed. Rio de
Janeiro, José Olympio, 1978 p. 20-2.)


Era TUDO o que eu queira dizer nesse dia! Sabe quando as palavras ensaiam algo dentro de você mas ficam relutantes em sair? Aí você, munido dessa fablosa engenhosidade que é a internet, expulsa as 'crianças' de 'dentro de casa' e obriga-as a ir 'brincar' lá fora. Eu só queria ter um pouco da clareza, da intensidade, da suavidade que ele teve..

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Muito prazer, meu nome é otário!


Eu acredito na sua inocência. Acredito em sua boa vontade e em suas boas intenções.
Acredito no que você diz. Soa falso, mas acredito.
Os seus argumentos são ridículos, mas acredito.
Suas motivações, são um tanto sem sentido, mas acredito nelas.
Sei que a culpa nunca é sua.
Sei que você não teve outra opção, sei que esse sistema é mesmo cruel e você é só mais uma vítima. Eu sei! Eu acredito!
Eu sei que você não é movido por essa manivela capitalista tão excludente.
Sei que seus amigos são todos escolhidos pelo "brilho dos olhos". Sei que amigo é amigo em todas as horas. Acredito que seus gestos são movidos de imenso cuidado, sempre. Afinal, amigo é a pessoa que a gente confia sem rodeios, não é mesmo? Ou era pra ser..?
Não duvido de seus olhos marejados, de sua voz embargada, da sua falta de palavras. Afinal, as pessoas são tão sinceras, não é mesmo? Ou era pra ser..?
Acredito que os casamentos são todos por amor. Ah! Como você é perverso em pensar que a gostosona casou com o velhaço semi-morto por interesse! Eu jamais pensaria uma coisa dessas..
É claro que o Lula não sabia de nada! Que cabeça a sua..
É claro que 'todo mundo tá feliz', Xuxa!
É claro que o Nardoni não matou a própria filha!
É claro que a Copa do Mundo de 1998 não foi comprada!
É claro que a Flora foi presa injustamente!
É claro que não existe suborno nas penitenciárias!
É claro que os candidatos vão cumprir, à risca, tudo que prometeram!
É claro que as 'misses' são donzelas românticas, extremamente preocupadas com a paz mundial!
É claro que Che Guevara foi um herói imaculado!
É claro que o Inri Cristo é o próprio messias!
É claro que Getúlio Vargas suicidou!
É claro que a Globo faz um jornalismo imparcial!
É claro que aquela força toda do Popeye vem do espinafre!
É claro que os delegados envolvidos na Operação Satiagraha pediram pra sair do caso por motivos pessoais!
É claro que o Papai Noel vem no Natal! E a prima dele, Fada do dente, deixa uma boa gorjeta pelos meus dentes.
...
Muito prazer! Me chamam de otário.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Eles e suas mazelas.


Embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive já morreu. (Luiz Fernando Veríssimo)

O ser humano padece no corpo as feridas de um sofrimento existencial. Ao mesmo tempo, sofre na existência as vicissitudes próprias do fato de ter um corpo: A enfermidade, o acidente, a decadência. (Martoccia & Gutiérrez)

Sigmund Freud. Câncer na boca, provocado seguramente pelos inúmeros charutos que fumava. Foi submetido a 33 operações, numa escalada infernal de dor e desconforto que suportou com extraordinário autocontrole. Pai da Psicanálise.

Charles Darwin. Doença de Chagas, mal estar constante, fraqueza, sensação de desmaio e morte, insônia, dores de cabeça, espasmos, tremores e convulsões musculares, incoordenação motora, calafrios, vertigens e tonturas, manchas negras e estrelas diante dos olhos, taquicardia, poliúria (urina abundante e de cor pálida), ataques violentos de náusea, vômitos freqüentes (em alguns casos se prolongando por dias ou semanas), flatulência noturna, acompanhada de zumbidos nos ouvidos, crises súbitas de eczema que cobriam toda sua cabeça, inchaços em várias partes do corpo e bolhas na pele que arrebentavam, crises de depressão, forte ansiedade, choro histérico e abatimento geral, que o colocavam de cama às vezes por meses a fio. Fundador da Teoria da Evolução.

Magdalena Carmen Frieda Kahlo Calderón (Frida Kalo). Poliomielite contraída aos seis anos, sendo esta a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofre ao longo de sua vida. Sua perna direita ficou muito magra e o pé esquerdo atrofiado, causando deformidades permanentes. Uma intensa vida de sofrimentos, tratamentos médicos cirúrgicos e fisioterápicos, passando pela mutilação da amputação de dedos e depois do próprio pé, difícil convivência amorosa com um complicado marido. Pintora mexicana de notoriedade mundial.

Vincent Van Gogh. Psicose maníaco-depressiva (distúrbio bipolar do humor). 150 psiquiatras examinaram Van Gogh, e 30 diagnósticos diferentes foram dados, entre eles: esquizofrenia, sífilis, epilepsia, porfiria aguda agravados por insônia, má nutrição, ingestão de álcool (absinto principalmente). Maior expoente do pós-impressionismo.

Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). Doença de Hansen, reumatismo deformante e porfiria, esculpia mesmo com as mãos amarradas nos martelos, até a avançada idade de 82 anos e somente parando de trabalhar devido à cegueira que o acometeu. Maior escultor barroco, símbolo da Arte Sacra de Minas Gerais e do Brasil perante o mundo.

Ludwig Van Beethoven. Foi-lhe diagnosticada, aos 26 anos de vida, a congestão dos centros auditivos internos. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou suicidar-se. A doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade, estava praticamente surdo. Um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos.

Stephen William Hawking. Esclerose lateral amiotrófica (rara doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais, não possui cura). Utiliza um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente, foi perdendo o movimento dos seus braços e pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, de modo que sua mobilidade é praticamente nula. Um dos mais consagrados físicos teóricos do mundo.

Sempre que penso nisso, é como se minha mente desse um nó. Confesso que me sinto um tanto pequena, fraca. O que eu fiz? Em que contribuí? O que me difere dos outros mortais em meio à multidão? Mas isso é mais em um primeiro momento, porque depois.. Ah! Depois eu páro e contemplo! PORQUE O SER HUMANO É IMPRESSIONANTE! E todas as feridas não são capazes de apagar esse fulgor, esse brilho.

Existe sempre o momento, em qualquer situação, onde você pára e decide: O que eu faço agora? Os meus ossos não me sustentam, os meus ouvidos já não ouvem, a dor me corrói, as feridas não cicatrizam, as esperanças estão a um fio, o dinheiro acabou e tudo que me resta é o desespero que me abate. Mas e então? Em que instante essa sede pela vida interfere e proporciona o bálsamo que te faz resistir? De onde vem essa força?

Freud chama de 'pulsão de vida' tudo aquilo capaz de mobilizar a energia humana para a criação, expansão e manutenção da vida. Em contra partida, a 'pulsão de morte' expressaria uma tendência para o retorno à imobilidade (auto-limitação de vida). Se existe uma pulsão de vida e uma de morte, é sinal de que existe uma escolha. E se existe a possibilidade, o que faz com que o homem escolha viver? Não simplesmente viver, porque qualquer um faz. Eu falo de VIVER! Estado de atividade, comportamento, criação, movimento, calor, animação. Eu falo de algo além..

Falo de um homem que, embora devastado pela dor, supunha que quando tudo ia bem demais em sua vida, o texto não saia bom. Falo de um homem que, padecendo de males físicos e psíquicos, fundou a uma teoria sobre a qual o mundo inteiro se debruça. Falo de uma mulher cuja vida recheada de tragédias e dramas, foi o principal ponto de partida de sua obra, inspirando-a e marcando-a de forma incontornável. Falo de um homem cuja sanidade não foi poupada, mas que “queria a luz que vem de dentro, queria as cores que representassem as emoções, que procurava com o vermelho e o verde exprimir as mais terríveis paixões humanas". Falo também de um homem que não se importou em esculpir com as ferramentas amarradas à sua mão. Falo de um homem que, embora praticamente surdo, deixou-nos as grandes obras sinfônicas que são a culminância da música. Falo de um homem cuja doença lhe roubou todos os movimentos, mas não foi capaz de lhe roubar o brilhantismo.

Eu me refiro às inúmeras pessoas, famosas ou não, lembradas ou não, admiradas ou não, que foram mais fortes que as duras penas que a vida pode acarretar. São eles os verdadeiros gênios, cuja vida foi sua notoriedade, o seu baluarte.. O seu troféu.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O Som do Coração.


Oi, amigos!
ACABEI de assistir e já recomendo! "O Som do Coração". Se você gosta de filmes de ação, muito sangue, muito tiro, muito homem suado.. Não vai gostar! Mas se você é do tipo que se comove com histórias de pessoas comuns que nos fazem pensar em como a vida é uma coisa linda, por favor, assistam! Eu ainda estou embasbacada.. Apaixonada.
Bjomeliga! =)

Há tantos mundos..!


Juliana desde cedo foi acostumada a agir conforme as expectativas das outras pessoas. Como qualquer boa menina, aprendeu a sentar com as perninhas cruzadas, a comer com a boca fechada, a respeitar os mais velhos. A menininha ficava ali, escondida atrás dos muros de sua feição.
Com o passar do tempo, as coisas seguiram seu curso natural. Juliana sempre agindo em harmonia com o que era esperado. Sempre tentando adivinhar o que os outros esperavam dela para que pudesse logo realizar e ser, quem sabe, apreciada. Seu falar era doce, seus gestos eram modestos, ela era admirada por sua cautela e educação.
Por vezes fazendo algo contra sua própria vontade, sempre em nome dessa famigerada necessidade de aprovação. Sabe-se lá por parte de quem! E por qual motivo exatamente. O fato é que Juliana sempre andou na linha.
Ela não tinha o direito de errar, essa hipótese não existia em sua vida. Sempre depositaram muita confiança nela e em suas atitudes. Juliana cresceu ouvindo: "Sei que você não vai me decepcionar!" E essa é uma carga muito pesada para uma criança, a menina então passou a se sentir cobrada, pressionada! Ela não tinha o direito de escolher por si só, tinha que ser sempre o melhor sob os olhos de outrem.
Assim foi crescendo. Se esforçava para ser aceita, mesmo que isso fosse contra ela mesma. Então já não valorizava tanto o tesouro que guardava dentro de si, mas sim a opinião de seus expectadores. Já não era senhora de sua própria vida, vivia à mercê do que lhe era pré estabelecido. Sentia que não tinha o direito de opinar. Nunca foi livre para escolher, suas decisões eram as decisões dos outros.
Buscava as melhores palavras para nunca ofender. Não sabia dizer não. Não era reprovada na escola. Tinha medo do escuro e das pessoas. Apavorava-se com as grandes multidões. Depositava nos outros sua razão de ser e sua felicidade. Ela não podia ser vista fazendo nada errado. Não podia errar! E o que os outros vão pensar? E sua reputação? E?! E a menina foi aos poucos diminuindo, se calando, se apagando.. Enclausurada em sua própria vida.



Mas um dia ela cansou..



Juliana resolveu andar com suas próprias pernas. Aquele anseio por liberdade que existia dentro dela resolveu vir à tona e ela não pôde e nem tentou deter! Já não bastava acatar, obedecer. Resolveu viver e perdeu o medo de se expor. Ela queria errar de vez em quando. Queria experimentar o gosto da vida. Queria saber o que se esconde atrás do arco íris. Queria beber a vida numa golada só! Experimentar! Agora ninguém mais lhe diria o que ela deveria fazer. E se ela fosse vista burlando as regras já não ligaria. A menina resolveu ser autora e atriz de sua própria vida, com todos os riscos que isso oferece. Sabia o enorme risco que correria ao nadar contra a maré, mas isso já não lhe assustava tanto.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Incógnita.

Perguntam quem sou e a resposta.. não sei! E fico cá a me questionar se de fato não sei ou se sei e não consigo explicar.
Não sei por quê imagens interioranas, dessa vida tão pacata, despertam em mim uma nostalgia quase depressiva, um vazio.. Como se o mundo inteiro habitasse lá fora, como se a vida ali fosse privada de um quê que não sei ao certo.
Também não sei por quê tenho essa ansia de sorver o mundo! Essa vontade de descobrir os "comos" e os "porquês" que meneiam a minha vida.
Não entendo também esse medo e ao mesmo tempo encantamento pelo desconhecido. Não entendo esse fascínio pelo ser humano, por suas máculas, por suas razões e desrazões, por sua falta de juízo e pela empatia.
Ainda me espanta esse jeito exacerbado de dramatizar as situações, de achar que o mundo pode ruir se o que eu quero não for feito agora, essa impaciência. Me admira também essa sedução pelos detalhes, pelas minúncias imperceptíveis aos olhos dos outros. Parece que os meus olhos, embora hipermetropes, enxergam mais, ou com mais fulgor ou, simplesmente, com mais vontade.
Me inquieta o julgo de viver em sociedade e a obrigação de se submeter ao que ela impõe. Me causa calafrios o fato das pessoas ainda serem julgadas pelo que têm, e não pelo que são. Não é incrível? Os psicólogos passam no mínimo 5 anos estudando todas as perspectivas humanas para, quem sabe, após uma análise minunciosa ter um vislumbre do que é a mente, do que é o ser humano, de por quê ele age de determinada maneira.. E nós, LEIGOS, nos achamos capazes de julgar o que é e o que não é, quem é bom e quem não é, quem vale mais só de olhar! Tsc, tsc.. Megalomaníacos!
Eu não sei por que gosto tanto das crianças e não gosto de animais (todo mundo gosta!).
Não sei por que gosto de fígado de galinha e não gosto de mandioca frita (todo mundo gosta!).
Não sei por que tenho pena de quem não precisa..

Mas me acalma o fato de que reconhecer que não se sabe é a premissa básica de quem deseja algo descobrir.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Livres pensadores!


Amigos!
Quanto tempo estive sumida, muda, calada, ocupada, sem graça, insípida, sem o que dizer! hehe. Não que seja esse o caso, o fato é que andei com demasiada preguiça de pensar por esses tempos. Preguiça de pensar não seria o termo mais apropriado, acredito que preguiça de sintetizar meus pensamentos é mais adequado. Porque minha mente é um turbilhão que nunca pára. Meu turbilhão!
Conheço uma pessoa que vive nos instigando a pensar nossos próprios pensamentos. Essa pessoa diz que nós não pensamos nada, que estamos sempre reproduzindo o pensamento de outrem. Mas não é difícil entender, existe um preço a ser pago por quem ousa pensar! E quando digo isso, não me refiro ao espírito contestador que vai contra os líderes, a sociedade, os pais e afins. Eu falo de seus pensamentos sobre você mesmo. Aqueles.. Escondidos, camuflados. O porque de você ser assim e não de outra forma, os seus próprios receios. A razão pela qual gosta de determinada coisa e detesta outra. Os seus instintos mais primitivos, os seus anseios! O seu desejo! Qual é? Será que você sabe? Será que se permite saber? Será que age como age porque escolheu, ou porque assim é mais fácil? Será que aquela coisa que julga não ser boa não é mesmo ruim, ou você está reproduzindo o que sempre ouviu? E se todo mundo estiver errado? E se? E se? E se..? Se.

"O homem não é senhor em sua própria casa." Freud.

(Mas isso fica pra uma outra hora.)